Descrição
Os olhos da revolução
Eu sou a revolução
Sou as horas que correm rumo ao desespero
Nas intempéries de minhas andanças.
Navego no triunfo da causa
Para me abrigar
Em meus dilemas mais profundos.
Sou a revolução de mim mesmo
E de ninguém!
Penetro nos sentidos do absurdo
Para promover novas descobertas.
Regras primárias
Não seduzem minhas indagações.
E a revolução que desperta em mim,
Não se subtrai a um propósito concreto
Mas sim, a um encontro que me levará a desvendar
Aquilo que se perdeu
No conflito de minhas lembranças.
Neste livro Hugo oferece ao leitor uma cartografia de estados e sensações sob infinitos ângulos. Sua poesia é a captura de visões poéticas de sua vivência diária. Ora imbuído de forte comprometimento social e outras vezes à procura de um estado interior que remete à consciência de si mesmo.
Certa vez, Baudelaire comparou o ofício do poeta a de um trapeiro nas ruas da Pris do século XIX, ao dizer: “Aqui temos um homem. Ele tem de recolher na capital o lixo do dia que passou. Tudo o que a cidade grande jogou fora, tudo o que desprezou”… ou como escreve analogamente Hugo Paz: “Até o que não vale a pena serve como inspiração”.
A partir daí ele faz uma seleção inteligente que transforma a realidade em arte. Assim é o percurso do poeta que caminha pelo espaço da cidade em busca de palavras precisas e de rimas, as quais a todo instante valoriza o vento citadino das palavras, constituindo um verdadeiro “ Sopro de ideias”. PAULO ZEMINIAN
HUGO PAZ é licenciado em artes visuais pela FMU e pós graduado em museologia pelo Instiuto Imep. Escritor, poeta e artista visual, autor de sete livros de poemas: Minhas eternas poesias, Poesias da verdade, Rastros de palavras, Para desenhar outros fatos, Retratos de um cotidiano adormecido, Sopro de ideias e Máquina de pensamentos. Natural de São Paulo, nascido no dia 29/04/1987, bairro do Butantã, onde reside até hoje. Coordenador de projetos culturais em ONGs, espaços de convivência, CEUS escolas e bibliotecas públicas, rádios comunitárias, centros culturais e universidades. Com o intuito de difundir o incentivo pela leitura e o gosto pela poesia em sua cidade. Vem se apresentando com a performance poética Além da poesia na qual ministra textos autorais, através do jogo teatral, expressão, oralidade e musicalidade. Atuante em saraus da periferia, já levou sua exposição de artes visuais A força esmagadora, na qual faz uma junção da linguagem abstrata com elementos tridimensionais na tela, papel e madeira. Disso procura propor um novo olhar no fazer artístico, por meio de uma poética voltada para a arte conceitual, relacionando ideias e expressividade em suas obras.
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