Descrição
Meu nome é
Maria
Amável
Piranha
Fiu-fiu
Meu nome é serva do homem
Operária de seu corpo
Meu nome é
Playboy
Pernas frescas de jovem
Delícia
Meu nome é
Tira essa saia
de puta
tira esse batom
suja
tá pedindo
meu nome é
vagabunda
Meu nome, para falar num português claro
não
é
nome
O meu nome
são todos esses
e outros mais
Meu nome é
Capitu
“Quantos corpos um corpo comporta? Mãe de Natasha, Ofélia e até Capitu. Laura Navarro é mãe da poesia e prosa, porque a faz; também é filha porque se constrói juntamente com sua narrativa. É irmã, porque seus versos findam um elo entre as mulheres. A miscelânea que compõe esse livro vai além de palavras retidas no acalento de suas bonecas russas, mas, de forma decrescente, essas estrangeiras buscam o cerne do vazio no coração e ventre de nós latino-americanas. – Tatiana Aline Santana, autora do livro SER – Haicais (Ed. Kazuá)
Laura Navarro é uma espécie de matryoshka em formação. Define-se, cartesianamente, como estudante de jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e poeta nas horas vagas (e não vagas também). Laura descobriu a poesia aos doze e nunca mais a largou, lançando seu primeiro livro, Clair de Lune (Patuá, 2016) aos dezesseis. Aos 18, lançou Natasha, também pela Patuá, aclamado pela crítica do Estado de São Paulo. Também participou das três antologias do coletivo poético Senhoras Obscenas, do qual é coordenadora, e da coleção Plaquetas da editora Primata, em 2019, com seu terceiro título, Sinestesia. Nos dias atuais luta ativamente pelo reconhecimento e inserção das mulheres no mundo das artes.
Avaliações
Não há avaliações ainda.