Desconcertos Editora

DE RUA

JULIO GONÇALVES DIAS

PLÍNIO CAMILLO

Capa Brochura

formato 14×21 cm

páginas 104

ISBN 978-65-87908-48-9

R$ 40,00

SKU: 978-65-87908-48-9 Categoria:

Descrição

Há poucos anos, era lançado um petardo na literatura brasileira, de dois fortíssimos autores, que conseguia mesclar com extrema habilidade, crítica e crônica social, relatos de realidade bruta, e uma sensibilidade absoluta, uma escrita que evoca a seriedade e o impacto do real concreto, aliada à bela literatura. Fruto de suas próprias experiências como educadores de rua, Plinio Camillo e Júlio Gonçalves Dias escreveram de sua própria vivência, de acompanhar jovens meninas e meninos obrigados a crescer e amadurecer depressa demais, ou (tantas vezes) sucumbir e se perder. DE RUA foi essa obra. Agora, a Desconcertos Editora tem o pleno orgulho e prazer em publicar uma edição revisada e ampliada do DE RUA. Caramba! Caramba!!

Júlio Gonçalves Dias O primeiro conto que escrevi desse livro foi uma paródia de literatura policial noir, uma brincadeira com meus colegas educadores. Com uma caricatural dicção noir ele fala do dia em que evitamos o linchamento de um rapaz, já maior de idade, depois de informados que ao lado da Casa Aberta um menor começava a apanhar de uma multidão. Ficou guardado por mais de vinte anos, como um exercício de estilo, até ganhar o título de Casa Noir e seu direito a publicação. O último conto foi o De rua, que dá título ao livro. Nele eu precisei de uma imagem sufocante e de uma recusa de coisas simples, aquelas que aconchegam. A recusa vem quando já não se pode falar da falta.

Plínio Camillo – Entrei, vindo do teatro, na Secretaria do Menor em junho de 1987; Educador de Rua no Clube da Turma da Mooca. Início com dificuldades de entendimento, discussões e aprendizados. Fui transferido para a Casa Aberta Santo Amaro, no período das 13 às 22h, e foi onde aprendi e apreendi muito. Com o princípio de que o “adolescente deixe a rua indo para um local seguro e promotor” sob chuvas, trovoadas, sol e insolações, conheci o mundo das gírias, dos fliperamas,

os procedimentos com crianças e adolescentes em situação de especial dificuldade na rua e as pessoas que os rodeiam, enfim descobri o Mundão. Avistei aquele que busca “uma liberdade” nunca conquistada na rua até os que necessitavam compor o ganho familiar. Diminuto, mancebo, moça, petiz, adolescente, guri, menino, pirralha, criança, pequena, curumim, jovem e pequerrucha. Alguns sumiram de vista. Outros não saíram vivos. Uns outros hoje são avôs e avós orgulhosos. Atuei durante onze anos que foram os meus melhores anos como profissional e na construção do que

sou como cidadão hoje. Tenho novos olhares. Novas visões. Ótimas audições, e não consigo andar sem promover uma avaliação de 360º. Sou uma melhor pessoa. Fazer ficção, não sou historiador ou sociólogo, esta experiência tem sido revigorante. Nem tudo são contos, porém são parte de minha história.

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