Descrição
A tarde morre
A tarde morre em meus braços
Acompanho sua agonia
Lenta.
Fiapos de nuvens
Gostas de sangue
Tingem o Céu.
A noite a devora.
______________________________________
Serão vultos?
Serão vultos
Sombras
Vitrais
Ventos febris
Os pálidos fantasmas
Que me atormentam
Com seus mantos diáfanos?
ENQUANTO ESTOU VIVA – in extremis traz a potente poesia de Miriam Portela em sua plena e poderosa expressão. Com ilustrações cedidas pela maravilhosa artista plástica Habuba Farah Ricetti, com suas belas litogravuras.
“ENQUANTO ESTOU VIVA, de Miriam Portela, é um arrebatador conjunto de poemas distribuídos em cinco segmentos que nos projetam no coração vivo da paixão, habilmente entrelaçando a fúria do corpo à dimensão cósmica do sentimento e dos sentidos. A vocação intensamente lírica do discurso de Miriam, presente desde Doces rios do medo (1989), e reiterado em Nos mares de Vênus (2002), atinge agora o ponto máximo de intensidade. Na sequência de poemas não nomeados, a sugerir um fio subterrâneo que antes os congrega do que os particulariza, vibra uma poderosa voz feminina, a se desvelar e a se projetar na aventura imponderável do Outro: “Escondi-me/ dentro dos teus olhos”. [ … ] Caminhos e percalços da paixão.” – da introdução de Antonio Carlos Secchin
Miriam Leite da Costa Portela nasceu em Florianópolis, Santa Catarina. Formou-se em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo, em 1976. Trabalhou em televisão e colaborou com jornais e revistas. Foi repórter, pauteira, chefe de reportagem, editora e apresentadora. Miriam vive em São Paulo desde 1973.Tem mais de 25 livros publicados, entre Poesia, contos, literatura infantil, infantojuveníl. Com ‘ENQUANTO ESTOU VIVA – in extremis’, retorna ao gênero da Poesia.
Avaliações
Não há avaliações ainda.