Descrição
Flor que não se cheira
Dizia ela
Não me cheire
Sou flor que fere
Meus espinhos
São pontiagudos
Ferindo quem se atreve
Não me toque
Sou pedra de sabão
Escorregadia
Como meu coração
Não me beije
Sou lábios cerrados
Com minhas cadeias
Com cadeados
Não me tente
Se puder
Me invente
Me inverta
Me subverta
Só assim
Podemos dar as mãos
E atravessar a vida…
– A obra de Paulo é uma linda homenagem à figura feminina, mas também perpassa pela crítica social, pela indignação. amor e pensamento.
Paulo Mapu nasceu em dezembro de 1956, em Betânia, Pernambuco, mas como um corisco rompeu as fronteiras passando por Custódia e Sertânia. Aos 12 anos foi morar no Recife, na semana do AI5, dezembro de 1968 e seis anos depois aos 18 anos ganhou o mundo como hippie rompendo as fronteiras do país e foi para Venezuela, Colômbia, Equador e Peru e depois para o Brasil em especial a Bahia. Foi ordenado pastor pela Igreja Presbiteriana Unida, a convite do Rv. Jaime Wright, um dos autores do Projeto Brasil: nunca mais, e durante 30 anos se dedicou a vida pastoral na Unida e na Igreja Presbiteriana Independente. Sempre voltado para a teologia da libertação, apoiando movimentos sociais, em especial a luta dos povos indígenas do Brasil e do Chile, onde se tornou amigo íntimo da Patrícia Troncoso, conhecida como La Chepa que liderou uma parte importante da resistência dos Mapuche na região sul do Chile.Atualmente trabalha na Cracolândia como especialista em Dependência Química oferecendo tratamento aos usuários do fluxo da região da Luz.
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