Descrição
“O coquetel dos casórios conjuntos de nossos pais de adoção Firmina e Abílio e pais biológicos Filó e Raimundo, aconteceu como programado, dentro de uma língua salina do nosso rio Itapecuru. Se os guardiães do nosso bem falar português, os irmãos gêmeos, belos negros Horácio e Ovídio Gramático (o primeiro ensinando em Madalena e o segundo na cidade vizinha de Itapecuru) eram as maiores personalidades do Vale, o rio manhoso, moleque sorridente se impunha como seu incontrastável personagem. Encarnava ‐se nas mais controversas figuras e funções ‐ de herói e bandido, confidente de fé e peneira furada, amigo e inimigo, senhor da festa, pudico e escandaloso, fanfarrão e caladão, vaidoso, leal e ambíguo, impetuoso e desleal.”
O SENHOR DA FESTA apresenta Charles de Gaulle Brenha Rayol, Charlô!, e suas andanças pelo mundo, desde sua infância e juventude no Maranhão, às margens do Rio Itapecuru (que, mais do que simples cenário, atravessa todo o romance e é praticamente um dos personagens principais), o início de sua formação profissional como jornalista em São Paulo, e sua mudança para Paris, onde encontrará o amor (ou não), frustrações pessoais, aventuras sensuais, participará da intensidade política, artística, cultural, vivenciará os constrastes e as a finidades entre a grande metrópole europeia e sua pequena cidade natal no interiorzão do Brasil. História que tem tudo e por tudo grandes ligações com a própria vida do autor, Napoleão Sabóia, também ele maranhense, jornalista, e que durante mais de 20 anos foi correspondente internacional radicado em Paris… , o que nos instiga a tentar descobrir o tanto que há de verdade ou simples ficção neste delicioso romance picaresco. O SENHOR DA FESTA é um destes livros onde o leitor é levado pela mão pela mestria do autor, cuja prosa deliciosa, o humor, a imaginação, a escrita envolvente e empolgante, nos traz aquela curiosa (e um tanto angustiosa) situação de nunca querer parar de ler, no desejo‐afâ de saber o que acontecerá no próximo capítulo, ou na próxima página, e, ao mesmo tempo, tristes ao final da leitura por ansiar que a história nuca acabasse…
NAPOLEÃO SABÓIA era jornalista, maranhense, tendo iniciado sua carreira no jornal O Imparcial, “Napô”, como era conhecido entre amigos, foi por cerca de 20 anos correspondente em Paris do Estadão e do Jornal da Tarde, cobrindo predominantemente a área cultural. Faleceu aos 82 anos de idade, poucos meses depois do lançamento deste seu último livro. Pôde, assim ter a felicidade de ter concretizado seu sonho publicar O SENHOR DA FESTA que se torna seu testamento literário, ricamento realizado.
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