Descrição
— Vamos comer, amigo. Mas antes disso precisamos nos banhar para espantar os fluidos dos maus espíritos que vagueiam nas matas sempre à noite para assombrar os animais noturnos para torná-los mais ferozes e agressivos para nos atacar. – Dizendo isso, ele correu para as águas do rio que alimentava um igarapé ali próximo a menos de cem metros de distância de onde estavam. Numa demonstração clara que já estava bem melhor e sem dor, graças aos primeiros socorros que recebeu de Irapiry e posteriormente os cuidados do pajé Aviçu, Meno se levantou rápido e também foi se banhar. E para que sua excitação latente não fosse observada, ele mergulhou nas águas geladas do igarapé do lado oposto onde Irapiry se encontrava. Fato dessa natureza é comum entre os homens principalmente quando jovens em plena idade reprodutiva se acordam. Acontece que enquanto a maioria dos homens não se intimida ao ser observada naquele estado, outros mais tímidos e discretos preferem esconder a sua virilidade. Foi o caso do jovem índio Cujubim por ter sentido algo estranho ao observar a inocente nudez do índio Nambiquara.
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Em PÁSSAROS ENCANTADOS, Josimar Cardoso nos traz uma nova e empolgante atualização da bela história do Uirapuru, onde um casal homoafetivo precisa enfrentar, juntos, tanto os preconceitos de seus respectivos povos quanto os desafios modernos e os ataques das empresas de mineração ilegais.
“Josimar Cardoso é contundente na observação do momento em catarse que tanto nos assusta. No LIVRO PÁSSAROS ENCANTADOS, o autor traz a lenda do Uirapuru como pano de fundo de sua obra, a devastação da floresta Amazônica e o descuido do Poder Público com os povos das selvas e com a problemática do Clima. Ele é desses autores que percebem as agonias do ser humano, mas contempla os instantes de magia e beleza das lendas do povo da floresta, tão maltratada e usurpada pela incompetência dos poderes públicos sejam eles federais, estaduais e municipais.” trecho da apresentação de Vera Passos
JOSIMAR CARDOSO é autor de livros de vários gêneros, como romances, teatro, poesia, entre os quais O RÉU (romance, 1978), TRISTEZA DE UM POETA (poesia, 1981), A OUTRA FACE DE UM PALHAÇO (monólogo premiado nos festivais de teatro em Lá Paz, na Bolívia e Lima, no Peru.; entre vários outros.
Na Paraíba, é membro da Academia de Poesia da Paraíba – APP, da Sociedade Cabedelense de Escritores e Poetas – ACEP, Confraria de Artistas e Poetas pela Paz – CAPPAZ. Em Rondônia é acadêmico fundador da Academia Rondoniense de Poesia – ACARP, Academia de letras de Ariquemes e da Associação Pimetense de Escritores e Poetas – APEP.)
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