Descrição
…Antônio José da Silva, d’alcunha o Judeu, publica clandestino o seu ‘Labirinto de Creta’, e eu cá por êle de amores não me morria, pois que havia eu de esconder a originação comum, eis que o Sancto Officio, passados três anos a esta data decreta: que seja degolado e depois queimado e eis a estória que’ele ma contou na carroça, em que presos íamos…”
Esta é uma conversa íntima e – não à toa – passada ao pé do Grande Órgão, à luz mortiça dos vitrais de um Mosteiro. Entre notas lúgubres e com voz pausada prepara, o Príncipe Nerso, sua confi ssão. Ao esforço de nunca julgar os seus atos é que, narrador e leitor, ganham a confi ança do mito: é-nos entregue a chave que abre o baú de respostas, suas memórias – longínquas e outras recentes – da formação (e caráter) da Nação. A tônica desta obra será a BUSCA; perceberá o leitor arguto, e se perguntará: que busca!? – Adriana Anelli
CAETANO LAGRASTA Neto de italianos, paulistano do Brás; ocupa a Cadeira Graciliano Ramos da Academia de Letras das Arcadas; recebe menção no Prêmio Governador do Estado, 1967, com o livro de contos Abecedário; corroteirista, ator e autor de comentário musical, em longa e curtas metragens; fotógrafo. Escreveu O Fazedor, 2001; Livro de Horas, 2004, Ópera Bufa, 2007, Diário do Fim do Mundo (Scenarium, 2019), A Poemática da Terra (Org, Ed. Desconcertos, 2020) – poemas; 1968 e outras estórias (Le Calmon, 2013); Abecedário (Scenarium, 2016) – contos; e Fábricas Mortas, romance (Ed. Desconcertos, 2018). Arriscou-se, sempre, a ideias jurídicas e sobre a Família (a dele e a dos outros).
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