Descrição
A pesquisa visa ao estudo e análise das peçasde Augusto Boal produzidas no exílio em Buenos Aires entre os anos de 1971 e 1976, como referências para uma compreensão do conjunto de suas atividades artísticas em um período de mudanças. Tal fase, marcada por deslocamentos por países da América Latina, como Uruguai, Peru, Argentina e Chile, retrata, no plano da prática teatral, a urgência na procura de uma dramaturgia capaz de dar continuidade ao debate cultural paralisado pelo AI-5 e pelo banimento. Sua produção, que passa a ser ainda mais teorizante e pedagógica, elaborada em um momento de grande repressão política e cultural – não só no âmbito nacional, mas em toda a América Latina, – surge em diálogo com a desarticulação da esquerda nos países latinos. É um momento em que o teatrólogo busca novas formas interpretativas e artísticas capazes de suscitar a possibilidade de transformação social. A pesquisa procura, assim, debater os impasses que caracterizaram a nova posição do artista de teatro engajado naqueles cinco anos em que Boal ensaia diversas formas de atuação política através da arte.
PATRICIA FREITAS DOS SANTOS Doutoranda no Departamento de Letras Modernas da USP. Mestra em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo. Possui graduação em Letras (português e inglês) com bacharelado e licenciatura pela Universidade de São Paulo. É integrante do Laboratório de Investigação em Teatro e Sociedade da USP, coordenado pelo prof. Sérgio de Carvalho, além de atuar como colaboradora no site Teatro Jornal. Desenvolveu pesquisa de mestrado acerca do trabalho teatral de Augusto Boal no período de exílio latino-americano, atuando principalmente nas áreas: História do Teatro, Teatro Brasileiro, Teoria teatral, Literatura Brasileira e Teoria Crítica.
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