Descrição
“Ao ler o livro de Brunno, fica evidente que ele não hesita nem por um segundo em abrir o seu coração para os leitores. Penso que esse relato sincero e comovente de um jovem autista, diagnosticado com a Síndrome de Asperger, atende não apenas aos desejos pessoais do autor, mas também a uma crescente necessidade coletiva de compreensão do autismo, cada vez mais relevante para nossos tempos. O autismo já foi considerado uma doença. Hoje é tratado como uma “condição médica” ou um “transtorno”, o que são simplesmente formas aceitáveis de dizer que, na prática, o que sabemos a respeito do autismo é em larga medida superado pelo que ainda ignoramos. Tenho para mim que os nossos processos mentais estão se modificando e que os autistas sinalizam para possibilidades futuras da espécie humana. Contudo essa nova humanidade ainda não existe de fato, apenas como potencialidade, e é por isso que os autistas enfrentam tantas dificuldades ao lidar com o mundo de hoje. O futuro para o qual suas mentes estão se preparando ainda não chegou. Daí a preciosa colaboração que nos chega através desse singelo relato do querido Brunno. Ao nos contar a sua história, ao compartilhar conosco seus sonhos e temores, sua visão de mundo e seus sentimentos mais íntimos, ele nos ajuda a compreender um pouco melhor esse futuro que se aproxima a cada dia. Um futuro onde, espero, as relações afetivas sejam prezadas como um dos maiores tesouros da vida e as mentiras se tornem extintas, como ações absolutamente incompreensíveis.” – do prefácio de Fabio Shiva
BRUNNO LIMA Tudo o que aconteceu e acontece em minha vida me faz pensar muito e tirar conclusões satisfatórias ou não, e é disso tudo que acabo tirando ideias pra fazer minhas coisas, e é de todos esses acontecimentos e pensamentos que saiu o livro Por Enquanto: onde falo da relação com meus pais e algumas pessoas da minha família(que é meio complicada), de como eu me sinto em ter a Síndrome de Asperger, do que eu penso, dos grandes amigos que eu fiz nessa empreitada, das pessoas que me ajudaram a continuar, e das coisas que eu mais gosto e que foram meus ‘’remédios’’ para as feridas que se abriram durante esse caminho de 2017 até hoje. E não hesito em abrir meu coração em relação a tudo isso, e em dizer quais são os meus sonhos e desejos. Quero ter um lugar na vida, e conseguir isso como os bons artistas fazem. Esse meu relato será como se eu estivesse conversando com alguém no ponto de ônibus em algum dos momentos em que eu pegava o ônibus em 2019. Uma boa inspiração não é mesmo?
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