Descrição
Ser negro é não abaixar a cabeça
diante dos outros
Ser negro é lutar contra a discriminação
Ser negro é ter atitude
Ser negro é não esmorecer
diante dos percalços.
Ser negro é viver em constante
luta por si e pelos irmãos
Ser negro é não se contentar
só com o seu bem-estar
Ser negro é trazer no corpo
as marcas dos antepassados
Ser negro é lutar por justiça
onde reina a injustiça.
Ser negro é voltar diariamente
ao 13 de maio e questioná-lo
Ser negro é dizer não
a uma sociedade branca
Ser negro é se mostrar de corpo e alma
Ser negro é mergulhar em sua história.
Ser negro é beber da fonte
africana diariamente
Ser negro é buscar sentido
num mundo sem sentido
Ser negro é olhar-se todos os dias
e ver a grandiosidade de tua raça
Ser negro é quebrar os grilhões
do preconceito
Ser negro acima de tudo é
ACEITAR-SE COMO SE É.
Manoel Severino da Silva, nasceu em São João do Piauí – cidade do sertão nordestino, às margens do Rio Piauí, no ano de 1970. Apresenta-se como afro-nordestino e chegou à cidade de São Paulo no mês de abril do ano de 1979. Iniciou seus estudos no ano seguinte, ou seja, com 10 anos de idade concluiu a antiga 1ª série do Primeiro Grau. Filho de nordestinos, manteve a prática comum e tradicional da maioria das famílias migrantes: trabalhou muito, buscando um lugar ao sol na Selva de Pedra paulista, quase sempre com uma jornada dupla, conciliando trabalho (para ajudar no sustento da casa) e estudos, visando uma melhor qualidade de vida e uma mudança no status quo social. Morador da região periférica de São Paulo – Pirituba – estudou sempre em escolas públicas da região e, em 1992 ingressou no curso de Ciências Sociais da antiga Fundação Santo André (FSA), atualmente Centro Universitário Fundação Santo André. Na virada do milênio (2000) ingressou na Rede Estadual de Educação, responsável pela disciplina de História e, em 2003, na Rede Municipal da cidade de São Paulo. No ano de 2021 acessou o cargo de Supervisor Escolar da mesma rede, conciliando sua nova atividade profi ssional com o exercício da docência. E, foi dessa forma, que se constituiu como ser humano: pai, marido e professor, exercendo a profissão com um viés progressista e emancipador, fazendo de sua prática docente um “ato de amor e por isto um ato de coragem” (Paulo Freire).
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